Quem diria que o guia criado por uma fabricante de pneus para estimular o uso de automóveis no começo do século XX se tornaria uma das principais referências mundiais de alta gastronomia e uma das premiações mais cobiçadas pelos chefs de cozinha, que desejam ver seus restaurantes no Guia Michelin, não é mesmo?
Pois foi justamente isso que se tornou a publicação concebida em 1900 pelos irmãos Édouard e André Michelin para incentivar o turismo automotivo na França e ampliar as vendas dos pneus que produziam. Hoje em dia, receber uma estrela no Guia Michelin é uma grande honra e garantia de prestígio para o restaurante e seu chef. Mas, afinal, você sabe quais são os critérios de avaliação dos premiados?
Ao longo deste artigo, você vai conhecer a história da premiação mais famosa da gastronomia mundial e descobrir quais são os padrões que o seu restaurante deve seguir para que possa ser reconhecido pelo guia e pelos clientes como um estabelecimento de qualidade exemplar. Vamos lá?
A história do Guia Michelin
Os irmãos Michelin inauguraram a empresa de pneus que leva o seu sobrenome em 1889, na cidade de Clermont-Ferrand, na França, antes mesmo de os automóveis serem fabricados em larga escala, o que ocorreu nos primeiros anos do século XX.
Com o objetivo de fomentar o crescimento da indústria automobilística na França, André e Édouard criaram um guia com informações úteis para os seus clientes, como mapas e rotas, instruções para trocar os pneus, localização de postos de gasolina e oficinas, e o mais revolucionário: indicações de hotéis e restaurantes para eles aproveitarem o melhor da viagem.
Foi uma ideia visionária por dois motivos: naquele tempo, havia menos de três mil veículos no país e poucos motoristas se aventuravam a viajar de carro por longas distâncias.
A partir da década de 1920, esse cenário começou a mudar por conta da produção em massa de automóveis, com o modelo de fabricação criado por Henry Ford. De repente, os veículos de passeio passaram a ser objetos de desejo e status, e todas as famílias queriam ter um carro para chamar de seu.
Já no início da publicação, os irmãos começaram a notar o potencial do guia para divulgar a marca Michelin e também para indicar os melhores hotéis e restaurantes na França. Em 1908, a empresa abriu mão da publicidade paga para ter mais credibilidade com os leitores e, a partir de 1926, o guia começou a classificar os estabelecimentos com as famosas estrelas.
Com o tempo, a importância do Guia Michelin foi crescendo e ultrapassou as fronteiras da França. Hoje, ele é um dos principais prêmios de gastronomia, e chefs do mundo inteiro sonham em ganhar — e manter — sua estrela Michelin.
Isso porque ela é o sinal máximo da reputação de um restaurante e, segundo estimativas, pode gerar um aumento de até 40% de faturamento depois da obtenção de uma estrela. Hoje, o guia está presente em 21 países de 4 continentes e é considerado a “Bíblia” da gastronomia mundial.
O Guia Michelin no Brasil
Em 2014, o guia chegou ao Brasil para conceder suas estrelas aos principais restaurantes do eixo Rio-São Paulo. Atualmente, são três locais com duas estrelas (o ORO, de Felipe Bronze, no Rio de Janeiro; o D.O.M, de Alex Atala; e o Tuju, de Ivan Ralston, ambos em São Paulo), e mais 15 estabelecimentos no Guia Michelin laureados com uma estrela cada.
Além das estrelas, a edição 2018 do Guia Michelin Rio & São Paulo tem mais duas categorias: selo Bib Gourmand, para quem oferece um bom custo-benefício, ou seja, boa cozinha com preços em conta, e a Placa Michelin, para reconhecer restaurantes que servem uma boa culinária para seus clientes. Nessas duas categorias, foram agraciados mais 151 restaurantes: 54 no Rio de Janeiro e 97 na capital paulista. Para ver a lista completa, clique aqui!
Como seguir o padrão de qualidade do Guia Michelin
Mais do que divulgar os melhores restaurantes dos países onde ele é publicado, o Guia Michelin estabelece um rígido padrão de qualidade que pode — e deve! — ser seguido por todos aqueles que buscam sucesso de público e de crítica.
Abaixo, vamos apontar três características que os estabelecimentos estrelados têm e que são necessárias para elevar o padrão e agregar valor ao seu negócio.
Boa apresentação dos pratos
A comida também se come com os olhos, já dizia a expressão popular. Um prato com visual atraente mostra para o consumidor que o chef tem grande domínio das técnicas culinárias. Mas é claro que o sabor também é fundamental para seduzir os clientes e o uso de matérias-primas de qualidade é indispensável.
Ambiente agradável, com mobiliário refinado e confortável
Apesar de os inspetores do Guia Michelin não levarem em conta a decoração na avaliação, é certo que um ambiente bem planejado, com o layout e os móveis certos e conectados com a identidade da marca, faz a diferença quando o objetivo é encantar a clientela. Um ambiente agradável soma muitos pontos positivos para o seu restaurante e para a experiência do consumidor.
Atendimento diferenciado
Servir da melhor forma possível não é apenas um item necessário para quem quer se destacar no mercado. É uma obrigação! Um atendimento bem-feito é um dos maiores diferenciais que um restaurante pode ter.
Porém, se o contrário acontecer, pode ter certeza de que um cliente mal atendido não só deixa de frequentar o estabelecimento, como também pode fazer publicidade negativa para os seus conhecidos, afastando clientes em potencial.
Neste artigo, você conheceu mais sobre a história e importância do Guia Michelin, premiação que oferece o mais alto reconhecimento do mundo da gastronomia com suas estrelas. Além disso, descobriu quais são as qualidades que diferenciam os restaurantes no Guia Michelin. Seguir o padrão exigido pela premiação vai deslumbrar seus clientes e valorizar ainda mais o serviço que você oferece.
A Franco Bachot é referência em mobiliário de qualidade para restaurantes, hotéis e shopping centers e oferece um blog cheio de dicas para quem busca se destacar no mercado. Quer ficar por dentro das novidades? Então, não deixe de assinar a nossa newsletter!