Os países nórdicos — região que reúne Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia, Ilhas Faroé, Ilhas Aland e Groenlândia — localizam-se na região da Europa setentrional e parte do Atlântico Norte. Eles têm características comuns, como o frio e as belezas naturais que saltam aos olhos dos visitantes, além da gastronomia nórdica, que lembra os vikings.
Nessa região, a temperatura é muito baixa, e isso influencia a culinária local, que é rica em alimentos como batata, carnes e repolho — ajudando a manter o corpo aquecido. Por isso, neste artigo, mencionaremos mais os conceitos, valores e estilos da gastronomia dos países nórdicos, além da decoração e climatização de um restaurante que siga essa linha.
Viaje conosco nessa aventura viking e descubra as principais características da gastronomia nórdica.
A tradição das conservas
Os ingredientes da gastronomia dos países nórdicos são usados tanto sob a forma natural quanto em conserva, método que evita a deterioração dos alimentos. Esse processo rende receitas como o chucrute de repolho ou couve, picles e cebolas no vinagre.
Até mesmo a carne passa por esse método. Uma das mais famosas é a de arenque, típico do Mar Báltico, que é seco e salgado em sua preparação. Trata-se de uma carne muito apreciada e usada pelos povos nórdicos desde 3000 a.C., sendo fonte de vitamina D (essencial para essa região, que tem baixa incidência solar) e ômega 3.
Mais de 15 espécies de peixes servem para a produção do arenque curado. O peixe é filetado e colocado em barricas com sal e temperos. Nelas, pesos servem para fazer com que o líquido liberado vá para a superfície do recipiente, de onde é retirado. Esse método de conserva garante a vida útil da carne por meses, podendo ser consumida crua ou cozida.
A gastronomia nórdica adora carnes
Você sabia que a alimentação viking era a mais rica da Europa na Idade Média? Apesar da fama de festeiros e beberrões, os vikings tinham uma alimentação rica em grãos, frutas, carnes de caça e peixes. Essa variedade era maior que a de outras regiões, e deu origem à gastronomia nórdica.
São usadas carne de carneiro, cordeiro, rena e diversos peixes — inclusive o já citado arenque. Por lá, a abundância é tamanha que até os peixes oriundos de água doce são usados na gastronomia: carpas, enguias e trutas. Os noruegueses, por exemplo, preferem o salmão, enquanto os islandeses gostam mais do bacalhau.
Os suecos têm gosto mais parecido com o paladar brasileiro, como a carne bovina e suína. Em compensação, eles usam mais molhos cremosos e geleias — principalmente a de lingonberry, fruta local. Mesmo com as suas diferenças, os países nórdicos mantêm hábitos em comum, como o preparo dessas carnes.
As frutas e verduras têm pouco destaque
Como a região nórdica é muito fria, o clima não colabora com a produção em larga escala de alta variedade de frutas e verduras. Por esse motivo, elas têm pouco destaque na gastronomia local. Entre as entradas, a alface americana e a acelga são as mais comuns. Entre as frutas, destacamos ameixas, maçãs, morangos e peras.
Quando há algum outro produto em um prato regional, ele pode ser oriundo de países estrangeiros. Por lá, a importação é muito forte. Entretanto, os nórdicos costumam ser bastante exigentes com os alimentos que importam. Eles dão preferência aos produtos orgânicos e ecologicamente cultivados.
Existe uma relação muito forte dos nórdicos com a natureza. Os países são cobertos por florestas que oferecem abrigo para pessoas e animais selvagens, lazer, aventuras e até momentos de introspecção. Eles encaram a natureza como parte dos próprios valores e estilo de vida. Por isso, cuidam muito das suas reservas naturais.
Os doces e sobremesas são bem caprichados
Por mais que a região dos países nórdicos não seja conhecida pela abundância das frutas, isso não significa que os seus moradores prefiram os itens salgados e dispensem os doces. A confeitaria local é conhecida como uma das mais caprichadas do mundo, com variadas opções que costumam ser muito saborosas.
Os biscoitos amanteigados de países como Dinamarca e Suécia são deliciosos. Destacamos, também, o arroz de creme de leite batido, dinamarquês, o pão preto com cerveja, os bolos de gengibre, as empadas com recheio de compota e as tortas de maçã. Tudo com um gosto bem apurado e um visual incrível.
Essas opções quebram o estigma injusto de sem-graça, que a culinária nórdica leva. Trata-se de uma gastronomia diferente da nossa, contudo não menos especial. A apresentação dos pratos também impressiona, pois os nórdicos gostam de caprichar no visual — que pode não ser refinado como o dos franceses, mas abre o apetite do viking que existe dentro de cada um de nós.
A decoração dos restaurantes nórdicos
Se você quiser investir em um restaurante com gastronomia nórdica, saiba que a decoração dele deve seguir o visual encontrado no país de origem. Isso significa que o ambiente deve ser quente, com exaltação ao natural (muita madeira e plantas) e com cores que remetam ao que é mais rústico.
A combinação de elementos é fundamental para que o ambiente perfeito seja construído. Armaduras, escudos, barris de cerveja e outros colaboram com a construção do restaurante. A iluminação também ajuda a deixar o local com clima nórdico, fazendo um jogo de sombras que remetam ao das antigas tabernas.
Se quiser ir além, experimente investir no visual dos funcionários — que podem trabalhar a caráter, como pessoas que viveram no passado medieval daquela região da Europa. Alguns pratos, inclusive, podem ser servidos de modo que os clientes comam com as mãos, de maneira mais rústica e que incrementa a experiência.
Viu só como a gastronomia nórdica é rica e interessante? Ela abre uma série de oportunidades para quem é do ramo alimentício e tem um restaurante. Dá para seguir a cultura local e até fazer uma releitura dos pratos citados.
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